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Marcélia Cartaxo fala sobre cinema brasileiro e o atual momento do país

Se você não conhece Marcélia Cartaxo, saiba que está perdendo uma das maiores atrizes deste país. Essa paraibana de Cajazeiras marcou o cinema brasileiro com apenas 22 anos de idade, ao viver nas telas a Macabeia, personagem criada pela escritora Clarice Lispector, em A Hora da Estrela (1980), de Suzana Amaral – pelo qual ganhou o prestigiado Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim.

Em 36 anos, Marcélia participou de cerca de 36 filmes. Poderia ser muito mais, se o cinema não fosse, até outro dia, feito prioritariamente no eixo Rio-São Paulo, do qual ela nunca fez parte. Nos últimos anos, porém, a atriz foi redescoberta por uma leva de cineastas de todo o Nordeste – dos pernambucanos Cláudio Assis (Big Jato) e Camilo Cavalcante (A História da Eternidade) ao paraibano Allan Deberton, que lhe deu Pacarrete – filme que lhe rendeu os Prêmios de Público e Crítica de Melhor Atriz no 47º Festival Sesc Melhores Filmes. O festival ainda lhe rendeu uma homenagem especial com a exibição de A Hora da Estrela e A História da Eternidade.

Nesta entrevista em vídeo, Marcélia faz uma reflexão sobre o que mudou no nosso cinema em todo o seu tempo de carreira, conta como construiu a refinada e tragicômica Pacarrete, critica a falta de apoio federal ao cinema e fala sobre sua preparação para rodar o próximo longa do cearense Petrus Cariry, ainda sem título.

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